E m Março, deste ano numa das promoções da Fnac.pt acabei por adquirir o livro Divergente de Veronica Roth. Não comprei o livro por nenhuma razão específica, apenas tinha gostado do filme e fiquei curioso para o ler.
Eu gostei do livro, apesar de estar à espera de mais, mas sim, gostei. Quando iniciei a leitura do livro, estava "completamente louco" para o ler, mas à medida que fui avançando, fui perdendo o interesse pelo livro. Penso que isto talvez me tenha acontecido pelo simples facto de a autora expor tudo de forma extremamente sucinta.
A história passa-se na Chicado distópica, o que levou a isso, não se sabe, porque quando iniciamos o livro, o leitor já está envolvido, e não há qualquer explicação sobre o que é que levou àquela situação, o que fez com que eu me questionasse imediatamente sobre continuar, ou não com a leitura.
Para mim, outro grande problema neste livro é relativamente ás fações. A personagem principal (ou outras personagens) refere-se pouquíssimo ás fações. Pouco sabemos sobre os seus costumes. E outra coisa ainda pior, é que não sabemos o porquê de terem surgido, nem o porquê de estarem organizadas daquela forma.
Em relação ao desenvolvimento da narrativa, eu decidi dividir o livro em 4 partes. O início até à cerimónia de escolha, é a primeira parte, que, apesar de a narrativa ser calma, são expostos todos os problemas da personagem principal.
Depois, na segunda parte, começamos a acompanhar o processo de integração de Tris nos Intrépidos. A narrativa ganha dinâmica e alguma ação, mas em vez de as questões colocadas se irem resolvendo, vão sendo levantadas ainda mais questões, e isso torna o livro redundante porque, em vez de vermos a protagonista desenvolver-se, entendemos que ela continua com as mesmas questões do início da narrativa e ainda mais.
A terceira parte do livro, para mim, foi extremamente maçadora. Entramos numa parte da narrativa que é circular - o romance entre Tris e Quatro. Vão acontecendo algumas coisas à volta disso, mas nada muito especial. Esta é uma parte de picos - está tudo muito parado e depois acontece algo que questiona toda a história, e depois voltamos novamente à calma. E isto vai acontecendo algumas vezes, só que não trás nada de novo à história. Para não falar que nesta parte a Tris não consegue ser coerente no seu discurso. Estamos a ler uma descrição do local onde se ela encontra e porquê, mas, de repente, já estamos a descrição do Quatro, e de todos os possíveis sentimentos que ela acha que ele possa estar a sentir.
A quarta e última parte do livro, é sem dúvida a melhor. Resume-se apenas às últimas 50 páginas do livro. De repente, parece que estamos a ler outro livro, porque a história ganha acção e desenvolve-se de forma fantástica, clara e coerente. A narrativa enche-se de ritmo e acção, que era o que eu esperava do livro no geral.
Senti que a autora implementou na história demasiada informação, informação que não era importante, e esqueceu-se de abordar os pontos fundamentais.
No final acabei por dar 3 estrelas ao livro do Goodreads, só porque nas últimas páginas a história dá uma reviravolta e ganhar ritmo.
Este é claramente um dos casos onde a adaptação cinematográfica é muito melhor do que o livro, porque é tudo mais contido e mais ritmado.
Olá Vasco,
ResponderEliminarEu adorei a tua opinião sobre Divergente, a minha opinião é exatamente essa! o livro realmente só ganha ação apartir as ultimas 50 páginas... Ainda por cima para um livro supostamente de ação, a ação deixa muito a desejar!
Parabéns e vou continuar a seguir o blog,
Diogo
Olá!
ResponderEliminarAo contrário de ti discordo. A saga divergente foi uma das melhores livros que li. Já estou lendo o último livro. E a autora não desiludi-me. Discordo por dizeres que o filme é melhor... E eu adorei também o filme!